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17/01/2010

Pleonasmos... será?

Certa vez recebi um e-mail com uma lista de sugestões de pleonasmos a serem evitados. Muitos eram pleonasmos absolutos, mas alguns me pareceram que eram apenas relativamente, i.e., que dependiam do contexto para serem assim considerados. A seguir a lista daqueles que considerei pleonasmos contextuais ou duvidosos, com os respectivos argumentos. Siga-me de perto...

quantia exata
Toda quantia é exata? Não existe quantia aproximada?

expressamente proibido
Tudo o que é proibido o é expressamente? Algumas coisas não podem ser implicitamente proibidas?

em duas metades iguais
Todas as metades são iguais? Acaso a metade de cima de uma pessoa é igual à metade de baixo?

de sua livre escolha
Toda escolha é livre? E se formos forçados a fazer uma escolha, isso pode ser considerado uma livre escolha?

criação nova
Toda criação é nova? E a criação do mundo?

retornar de novo
Saí de Maringá e fui a São Paulo. Retornei (1.o retorno) para Maringá. Voltei a São Paulo e retornei de novo para Maringá.


surpresa inesperada
Toda surpresa é inesperada? Se você sabia que ia ter uma surpresa (mesmo não sabendo o que seria a surpresa) então esperava uma surpresa. Portanto, era uma surpresa esperada. Se você não esperava, era uma surpresa inesperada.

abertura inaugural
Toda abertura é inaugural? Então sempre que alguém abre uma loja pela manhã está fazendo uma inauguração?

comparecer em pessoa
Todo comparecimento é em pessoa? Não se pode comparecer por videoconferência?

a seu critério pessoal
Todo critério é pessoal? Às vezes os critérios profissionais não podem ser diferentes dos pessoais?

exceder em muito
Às vezes não se pode exceder um pouco?

Por favor, me ajude, com seus conhecimentos e opiniões, a elucidar essas questões da nossa comunicação.

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