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14/07/2009

Mui fêmeas!

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Prezados congêneres do sexo masculino,

Para desilusão de muitos de nossos similares machistas, tenho uma revelação a fazer. Algumas divagações me fizeram concluir que seríamos nada sem as fêmeas (dito dessa forma, posso parecer jocoso, mas, como veremos adiante, essa linguagem se aplica). Siga-me de perto...

Uma das hipóteses mais aceitas para a diversificação sexual foi a predação entre protozoários (atenção: caso você não aceite as evidências científicas sobre a evolução da vida, pode para por aqui). Um belo dia (se é que havia belos dias há bilhões de anos atrás), um protozoário canibal resolveu comer (literalmente) outro. Mas, dessa vez não houve uma digestão. Em vez disso, houve uma combinação de materiais genéticos e uma divisão celular precoce. Essa foi a primeira trans... ops... isto é, a primeira reprodução sexuada dos seres vivos.

Agora, vejamos...
Nesse evento reprodutivo, convencionou-se chamar o que comeu de "macho" e a que foi comida de fêmea (isso lhe parece familiar?). Logo, nós, machos, somos congêneres a esse primeiro protozoário macho. E, considerando a identificação da protozoário fêmea com seus ascendentes, podemos afirmar que as fêmeas foram as primeiras a surgir e os machos são simplesmente uma mutação das fêmeas. Portanto, sabe aquela história da Eva feita da costela do Adão? Provavelmente foi um macho que escreveu (se você acredita no Criacionismo e leu até aqui, eu avisei, hein).

Assim, prezados congêneres masculinos, não temos argumentos. Temos de admitir que não poderíamos existir se nossas cobiçadas e, histórica e injustamente, humilhadas digêneras também não existissem. Fazer o que, né?

Seguiu? [8-)]

P.S.: Claro que também podemos dizer que somos uma evolução das fêmeas, mas é melhor nem tocar assunto, né?

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu ia dizer justamente o que vc postou no final da matéria hahaha... somos a evolução das fêmeas por assim dizer rsrs