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17/07/2009

O Coração No Ritmo

A Música pode ajudar a manter o sistema cardiovascular em harmonia

Poderia uma dose regular de Pavarotti ou Queen fazer bem ao seu corpo?

MUSICOTERAPIA: Freddie Mercury cantava para o seu coração?

A Música pode acalmar feras selvagens ou, pelo menos, fazer o dia parecer mais curto. Agora um novo estudo inclui a saúde cardiovascular na lista de potenciais benefícios da Música, sugerindo que ela pode diretamente gerar mudanças psicológicas que harmonizam a pressão sanguínea, o ritmo cardíaco e a respiração.

"A Música induz a uma contínua, dinâmica - e para algumas situações previsíveis - mudanças no sistema cardiovascular", disse Luciano Bernardi, professor de medicina da Universidade de Pavia, na Itália, e autor chefe de um periódico do jornal Circulation, em homologação. A compreensão de como o mecanismo de aumento dos crescendos e de diminuição dos decrescendos afetam a nossa fisiologia, sugere ele, pode levar a potenciais novas terapias para males súbitos e outras situações.

Bernardi e seus colegas já sabiam que mudanças nos sistemas cardiovascular e respiratório eram influenciados pelo tempo musical. Para ampliar o conhecimento da resposta do corpo a ritmos variáveis, selecionaram 24 voluntários, metade cantores experientes e os outros sem treinamento musical.

Enquanto os participantes ouviam cinco seleções aleatórias de Beethoven, Bach, Puccini e outros artistas clássicos, bem como um silêncio de dois minutos, monitores gravavam os sinais fisiológicos. Os pesquisadores perceberam que trechos de crescendos, especialmente aqueles com uma série deles (Bohemian Rhapsody do Queen), levavam a uma constrição proporcional das artérias e aumento da pressão sanguínea, do ritmo cardíaco e da respiração. Essas medidas diminuiam durante os decrescendos e períodos de silêncio. A equipe também notou que frases musicais "ricas", de aproximadamente 10 segundos de duração, como os ritmos de árias famosas de Verdi, faziam com que o ritmo cardíaco e outros eventos cardiovasculares se sincronizassem com a música. Ambos os grupos sentiram essa experiência, mas os músicos apresentaram respostas mais sensíveis.

Esses resultados, diz Bernardi, indicam que os efeitos da Música vão além da cabeça do paciente. "Não é apenas a emoção que gera mudanças cardiovasculares", ressalta Bernardi, "mas este estudo indica que o inverso também é possível". Ele acredita que a melhora do humor provocado pela Música - incluindo aqueles agradáveis "arrepios" - também pode ser um efeito colateral de uma reação fisiológica.

Tradução de um trecho de http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=music-therapy-heart-cardiovascular


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