Enxaqueca: já foi pior!

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O início

Há muitos anos comecei a ter dores na cabeça esporadicamente. Naquele tempo eu não dava muita atenção a isso, pois tanto a frequência quanto a intensidade eram suportáveis e não comprometiam minha produtividade. Mas, com o passar do tempo, a frequência e a intensidade aumentaram gradualmente, até chegar numa situação em que a minha produtividade estava comprometida pelas crises. Tentei várias terapias alternativas, pois sempre tive aversão à halopatia. Infelizmente não obtinha os resultados desejados. Consultei um neurologista que pediu um tomografia. O resultado foram duas notícias, uma má e uma boa. A má era que eu tinha enxaqueca e a boa era que eu SÓ tinha enxaqueca. Como esse mau não tem cura, passei a tomar dipirona para manter a minha produtividade.

A conformação

Pois bem! Acontece que, após um período a base de dipirona, esta não estava mais dando conta do recado. Ora eu tinha crises uma ou duas vezes por semana. Mais uma vez recorri a um neurologista. De acordo com a análise do especialista, eu teria que ficar sob observação enquanto me tratava com medicamentos próprios para enxaqueca. Mas, dois fatores me desestimularam. Um deles foi a baixa eficácia do primeiro medicamento que tentei. O outro foram as possíveis reações que esse tipo de medicamento pode provocar. Resultado: abandonei o acompanhamento profissional e passei a esperar por um milagre. Mais tarde descobri que o nome desse milagre é Isabela.

O milagre

Isabela é a minha filha. Nasceu em junho de 2007. Um bebê lindo, perfeito. Mas a minha esposa não conseguiu produzir leite para amamentação. Assim, tivemos que adotar soja (entenda-se leite de soja) como fonte de alimentação para a Isabela. Para a nossa sorte, o soja foi muito bem aceito e a Isabela se desenvolvia perfeitamente, com uma saúde invejável. E o que tem a ver a minha filha com a enxaqueca? Siga-me de perto...
No começo de 2008, observando o quanto a minha filha era saudável com o soja, resolvi fazer uma experiência: melhorar a minha saúde bebendo soja. Ao decidir isso eu não estava pensando na enxaqueca, pois já estava conformado com a sua eterna companhia. Porém, algo curioso chamou-me a atenção: passado um mês da adoção da nova dieta, eu havia tido apenas uma crise de enxaqueca. Claro que suspeitei da relação enxaqueca-leite. Mas, como eu tenho complexo de Tomé, resolvi fazer a prova definitiva: voltei a tomar leite (entenda-se leite de vaca). Resultado: em menos de uma semana voltei a ter crises. Era a prova que eu procurava e, uma vez abandonado o leite, nunca mais tive crise de enxaqueca. Hoje estou com a minha produtividade recuperada. Às vezes, quando abuso um pouco mais da alimentação cosumindo deriváveis do leite, incluindo-se chocolate, eu tenho dor na cabeça, mas nada que uma dipirona não resolva.

O legado

Há muito tempo desejo compartilhar esta experiência, mas agora ficou mais fácil com este blog. Claro que a maioria das pessoas enxaquecosas não o são por causa do leite, mas, se pelo uma delas ler este post e conseguir resolver esse problema substituindo o leite, vou me considerar satisfeito por poder ter ajudado.

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