Arquivo do blog

20/04/2009

Amor: uma conexão

Em Matrix Revolutions houve um diálogo muito interessante entre Neo e Rama-Kandra, um software que estava sendo deletado da Matrix. Kamala é a companheira de Rama-Kandra e Sati a sua filha.

Kamala: Rama, por favor!

Rama-Kandra: Não quero ser cruel, Kamala. Pode ser que ele nunca mais veja um rosto na sua vida.

Neo: Desculpe-me. Você não precisa responder.

Rama-Kandra: Não, eu não me importo. A resposta é simples. (Olha para a sua filha) Eu amo muito a minha filha. Eu a acho a coisa mais bela que já vi. Mas, de onde viemos, isso não é suficiente. Cada programa criado precisa ter um propósito, senão ele é deletado. Eu procurei o Merovingian para salvar a minha filha... Você não entenderia.

Neo: É que... eu nunca...

Rama-Kandra: ...Ouviu sobre programas falarem de amor.

Neo: É um sentimento humano.

Rama-Kandra
: Não... é uma palavra. O importante é a conexão que a palavra representa. Vejo que você está amando. Pode dizer-me o que você daria para manter essa conexão?

Neo: Qualquer coisa.

Rama-Kandra
: Então, talvez o motivo de você estar aqui não seja tão diferente do motivo de eu estar.

(traduzido de http://www.blogd.com/mrev/)

Há muito tempo eu me pergunto sobre o significado do Amor. Atualmente inclino-me a considerar que amor não tenha apenas um, mas vários significados. Nas estrelas pode ser o ato da fusão entre átomos. Na Matemática pode ser a operação de adição (todas as outras operações aritméticas surgem desta, inclusive a subtração). Na física é a força da gravidade. Entre nós, seres humanos, ele assume o aspecto carnal, no ato sexual, o idealista, quando se luta para melhorar uma sociedade, e também o individual, na total dedicação em prol de alguém. Até o egoísmo é um sentimento de amor, nesse caso, de alguém por si mesmo.
Todos esses significados mostram que amor, mais do que um sentimento, deve ser uma manifestAÇÃO. Ou seja, só realmente ama aquele que age, senão não ama de fato. Como disse Rama, o que importa é a conexão da palavra. Quando a conexão se manifesta como uma atração não destrutiva, aí existe um amor.
Claro que eu não poderia deixar de mencionar o famoso Amor Universal. Esse é a "pedra filosofal" dos místicos (incluindo-se aí os religiosos). Muito tem sido dito sobre o que seria e como poderia ser alcançado esse amor. Enquanto muitos se perdem em devaneios filosóficos, deixo a seguinte sugestão:

"Não se preocupe com o Amor Universal. Em todos os momentos da vida procure dar vazão aos mais variados amores que tiver oportunidade."

Nenhum comentário: